Mário Faustino
Mário Faustino (1930-1962), poeta paraense de grande expressividade, é o meu escolhido para "inaugurar" o blogue.
Soneto II
Necessito de um ser, um ser humano
Que me envolva de ser
Contra o não ser universal,
arcano,
impossível de ler
À luz da lua que ressarce o dano
Cruel de adormecer
A sós, à noite, ao pé do desumano
Desejo de morrer.
Necessito de um ser, de seu abraço
Escuro e palpitante
Necessito de um ser dormente e lasso
Contra meu ser arfante:
Necessito de um ser sendo ao meu lado
Um ser profundo e aberto, um ser amado.
Soneto II
Necessito de um ser, um ser humano
Que me envolva de ser
Contra o não ser universal,
arcano,
impossível de ler
À luz da lua que ressarce o dano
Cruel de adormecer
A sós, à noite, ao pé do desumano
Desejo de morrer.
Necessito de um ser, de seu abraço
Escuro e palpitante
Necessito de um ser dormente e lasso
Contra meu ser arfante:
Necessito de um ser sendo ao meu lado
Um ser profundo e aberto, um ser amado.
5 Comments:
Sandra,
Como é bom ler maravilhosos conteúdos na internet. Não conhecia Soneto II, de Mário Faustino e o achei tocante.
Vou colocar seu blog nos meus links preferidos.
Beijocas e seja bem vinda no mundo dos diários virtuais.
By Mariana Valadares - Poucas e Boas da Mari, at 6:42 PM
Sandra querida:
Justíssima lembrança e belíssimo poema de Mário Faustino.
Ainda bem que existem pessoas iluminadas como você para ajudar a preencher o mundo com poesia.
Bj,
Marcius
By Anônimo, at 3:51 AM
Sandra,
fantástica lembrança.Parabéns pelo poeta e pelo poema.A sua visão é grandiosa.
Eu sinto muito quando vejo praticamente só os "meninos" de São Paulo em evidência quando o assunto é Modernismo.
Obrigada pelo presente.
Beijo grande,
Vitória.
By Anônimo, at 8:24 AM
Queridos amigos, obrigada pela leitura e comentários.
besitos
By Sandra Baldessin, at 2:57 PM
para minha leiga sensibilidade, amei esse Mario Faustino.
Beijao e parabéns pela iniciativa...
By Anônimo, at 3:26 PM
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