Justiça Poética

segunda-feira, maio 15, 2006

Hilda Hilst (1930-2004)


Livre para fracassar

O escritor e seus múltiplos vem vos dizer adeus.
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância
Foi velada: obscura na teia da poesia e da loucura.
A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito

Tempo-Nada na página.

Depois, transgressor metalescente de percursos
Colou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra.

Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar.
E hoje, repetindo Bataille:

"Sinto-me livre para fracassar".

5 Comments:

  • Gosto de vir aqui a este blogue.Beijão

    By Blogger Amélia, at 2:49 AM  

  • Sandra,
    Figura ímpar, e justamente pela diversidade e multiplicidade de sua obra,apenas já no final de sua vida e pós-morte teve toda sua obra editada por uma grande editora(Globo)e que foi compilada pelo Prof.Dr. Alcir Pécora da Unicamp.

    Beijos,
    Vitória.

    By Anonymous Anônimo, at 9:30 AM  

  • Queridas amigas, Amélia e Vitória, agardeço a visita ao blogue e os comentários.
    besitos.

    By Blogger Sandra Baldessin, at 10:50 AM  

  • Hilda simplesmente é (e será eternamente) brilhante!!!
    Beijos, Sandra
    Jose

    By Anonymous Anônimo, at 5:12 AM  

  • Obrigada pelo carinho e comentários, Jose.

    By Blogger Sandra Baldessin, at 12:56 PM  

Postar um comentário

<< Home


 
  • Poucas e Boas da Mari